O DELICIOSO ELIXIR ENVENENADO: A METÁFORA QUE PODE MUDAR SUA VIDA
E se, depois de um dia estressante no trabalho, você chegasse em casa com um apetite de leão e se deparasse com um banquete lindo, com suas comidas favoritas? Imagine comigo: A apresentação dos pratos está impecável, a coisa mais linda que você já viu. E o cheiro, então? Tão apetitoso que faz sua boca salivar. Você se senta à mesa e é invadido por aquela sensação de aconchego, de finalmente poder esquecer todos os problemas do dia e ter seu momento de prazer e relaxamento.
Então você repara que há um bilhete preso sob um copo cheio de um líquido azul que diz: “Você pode comer de tudo e o quanto quiser, mas aviso: tudo foi temperado com veneno de rato.”
Você se atreveria a comer? Mesmo que fosse a única comida disponível depois de um dia inteiro sem comer nada. Você comeria?
No final do bilhete há outra nota: “Esse copo de líquido azul é um antídoto, você pode tomá-lo depois de se envenenar.”
Agora você comeria?
Como todo antídoto, ele neutraliza parte do veneno para o seu corpo lidar com o resto. É certo que você não vai morrer. Mas isso não significa que tomar o veneno não tenha consequências. Sabendo disso, você comeria?
E se eu só te contasse que tinha veneno na comida só depois de você se banquetear e de já ter tomado o antidoto. Você ficasse um pouco mal, mas nada grave. No dia seguinte, você comeria de novo e tomaria o antídoto por cima? Comeria, mas com moderação? Não comeria?
E se eu te dissesse que, para o seu metabolismo, o açúcar é o seu veneno, ou poderia ser o café depois do almoço, ou o glúten da farinha de trigo... Você seria capaz de abrir mão da sua dose diária de veneno?
Como sempre digo: não existe alimento bom ou ruim; quem dita as regras é o seu metabolismo. O que para alguns é remédio, para você pode ser veneno. A regra não é clara, nem justa e nem é a mesma para todo mundo. As vezes a gente está se envenenado sem saber. Mas as vezes sabemos, e por alguma razão sentamos na mesa e nos banqueteamos como se não houvessem consequências. Por isso, a questão aqui é: uma vez que você descubra qual é o seu veneno, você é capaz de parar de tomar o elixir das delícias batizado com ele, ou você está apenas em busca de um antídoto?
Que escolha você fará hoje?